Alcântara (Alcántara) é um município raiano da Espanha na província de Cáceres, comunidade autónoma da Estremadura.
Alcántara está localizada proxima do rio Tajo, numa localização estratégica e fronteiriça. A sua situação perto de Portugal condicionou a sua evolução histórica.
Os primeiros vestígios arqueológicos coincidem com o aparecimento do fenómeno Megalítico, (gravados rupestres, um menhir e média centena de dolmens).
Da Idade do Ferro temos vários povoados fortificados, como o “Deditio placa de bronze" do 104 a. C., no castro do “Castillejo de la Orden”, certificando que a zona estava romanizada no século II a.C. É a partir da construção da ponte, quando o poblamiento romano aparece perfeitamente representado.
O assentamento visigodo é uma continuação do romano. Esta população foi chamada Ovila, ou Oliva, e estava nas imediações da ponte.
A invasão muçulmana acentua o caráter fronteiriço da zona. O geógrafo árabe Ibn Hawqal cita pela primeira vez Alcántara em meados do século X.
Com o avanço da reconquista, Alcántara é recuperada definitivamente em 1213 pelo rei Alfonso IX, quem a cede à Ordem de Calatrava; os novos territórios serão traspassados à Ordem de “San Julián” do Pereiro. Em 1218 esta é transferida a Alcántara, se criando assim a poderosa Ordem Militar.
A alta nobreza e o clero assentados em Alcántara nesta época promoveram durante os séculos XVI e XVII a construção de importantes edifícios civis e religiosos.
Alcántara têm numerosos lugares de interesse histórico-cultural como o “Conjunto Megalítico”, o “Conjunto Romano”, a “Fortaleza Antigua”, a Igreja “Santa Mª de Almocóvar”, o Bairro judeu, o Convento de “San Francisco”, o “Conventual de San Benito”, os Palácios e Casas “Solariegas” e o Recinto Amuralhado.
Também poderás desfrutar de festas e tradições. Na primeira semana de agosto celebra-se o festival de Teatro Clássico. A romería, último sábado de março. A festa de “San Pedro de Alcántara”, 19 de outubro. A Matança Popular em fevereiro. E a Feira Local, 14 ao 16 de abril.
A cozinha de Alcántara era bem conhecida na Idade Média, aparece citada no “Libro del buen amor”. O recetario dos monges do “Convento de San Benito” era de um valor gastronómico inestimável. Da cozinha tradicional, há uma rica mostra de exquisiteces: caracois, chanfaina, frite, tencas, na confeitaria há influência árabe, por exemplo, as mormenteras.
